Judô Paraolímpico e Especial

24/02/2019 14:02

Sob a premissa de criar um esporte que pudesse ser praticado por todos e que, ao mesmo tempo, fosse desafiante e competitivo, em 1882, Jigoro Kano criou uma arte marcial voltada ao treinamento físico, moral e social. O Judô foi disseminado na cultura japonesa e foi introduzido ao currículo escolar em 1911 (MIARKA; et al, 2011). O Judô é baseado em um Código Moral baseado em oito princípios:  cortesia, coragem, honestidade, honra, modéstia, respeito, autocontrole e amizade. No Brasil o esporte foi disseminado pela imigração Japonesa e somente entre 1920 e 1930, que a prática do Judô foi organizada como esporte e arte marcial. A Confederação Brasileira de Judô, fundada em 18 de março de 1969, foi consagrada em 1972 com a primeira medalha olímpica em Munique. Saiba mais clicando aqui.

Judô Paraolímpico

Foi o primeiro esporte de origem asiática a ingressar no programa paraolímpico, em Seul (1988), onde só participaram atletas cegos. O Brasil estreou com três medalhas de bronzes, pelos atletas: Jaime de Oliveira (60 kg), Júlio Silva (65 kg) e Leonel Cunha (+95 kg). A primeira participação de mulheres foi no ano de 2004 em Atenas (HARNISCH, 2016), com bronze para o Brasil por Daniele Silva (57 kg) e prata por Karla Cardoso (48 kg). O atleta mais condecorado é Antônio Tenório da Silva, com ouro em: Atlanta (1996), Sidney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008). No total o Brasil possui 18 medalhas na modalidade paralímpica, sendo 4 ouros, 5 pratas e 9 bronzes.

Classificação de categorias:

B1Cego total: de nenhuma percepção em ambos os olhos até a percepção de luz com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
B2Lutadores que têm a percepção de vultos, com capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a cinco graus.
B3Lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre cinco e 20 graus.

Conheça o site da Confederação Brasileira de Judô clicando aqui.

Judo Especial

O vídeo de Breno Viola ganhou as redes sociais. Breno foi o primeiro judoca com Síndrome de Down a conquistar a faixa preta nas américas e hoje é terceiro dan. É pioneiro no esporte sendo o primeiro a conquistar uma medalha em competição internacional e  primeiro a conseguir uma medalha na Special Olympics. Em 2014 foi homenageado pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro com um campeonato e título com seu nome: Troféu Breno Viola, na 1ª Etapa do Estado de Judô para todos. Acesse a notícia clicando aqui.

Síndrome de Down

Síndrome de Down ou Trissomia 21 é uma doença genética, gerada a partir de um erro na distribuição dos cromossomos nas células, adicionando um cromossomo a mais ao par 21 (maior ocorrência). Com incidência de 1:800 nascidos vivos, esta doença acompanha o indivíduo desde a sua formação intrauterina e o acompanha até o fim da vida. Ao nascer, já é possível identificar alterações globais do processo de desenvolvimento, pois o SNC (Sistema Nervoso Central) não está totalmente formado, ocasionando em atrasos no desenvolvimento motor, dificultando atividades iniciais básicas, como sentar, engatinhar e andar. Porém, com a habilitação adequada, o indivíduo consegue se adaptar ao meio que se vive (HASEGAWA; et al, 2018). O Ministério da Saúde lançou em 2013 a cartilha: Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down. Você pode acessá-la, clicando aqui.

Special Olympics

A Special Olympics é uma organização internacional fundada pela professora em educação física Anne McGlone Burke, com a missão de apoiar atletas com deficiências intelectuais. A primeira edição ocorreu em 1968, em Chicago, onde mais de mil atletas americanos e canadenses competiram em diversas modalidades. Hoje são mais de 30 categorias, incluindo o Judô, triátlon, levantamento de peso e diversos esportes radicais e de quadra. Em 2019, a Special Olympics ocorrerá em Dubai, entre os dias 14 e 21 de março. Conheça mais, clicando aqui.

Referências:

HARNISCH, Gabriela Simone et al. O Ensino do Judô de forma inclusiva no Brasil. Journal Of Research In Special Educational Needs, [s.l.], v. 16, p.757-761, ago. 2016. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/1471-3802.12213. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/1471-3802.12213>. Acesso em: 24 fev. 2019.

HASEGAWA, Juliana et al. Atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento da criança com síndrome de down: uma revisão bibliográfica. Ciência Atual, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p.02-14, 2018. Disponível em: <www.cnad.edu.br/revista-ciencia-atual/index.php/cafsj/article/view/241/pdf>. Acesso em: 24 fev. 2019.

MIARKA, Bianca et al. Paraolimpismo, Judô adaptado e suas precondições de convivência. Hórus, São Paulo, v. 6, n. 1, p.225-234, 2011. Disponível em: <http://revistapuca.estacio.br/index.php/revistahorus/article/viewFile/4134/1925>. Acesso em: 24 fev. 2019.

Por: Ramon Carlos Pedroso de Morais, acadêmico do 8° período de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); membro do Grupo (Re) Habilitar; diretor administrativo e financeiro da LAENP (Liga Acadêmica de Enfermagem Neonatal e Pediátrica); voluntário na ACAM (Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico – Fibrose Cística).

Palestra: Neurofisioanatomia, por Milena Zuchetto

22/02/2019 01:11

“Sem neura”, mas já pensou em passar uma tarde discutindo sobre histologia, anatomia, fisiologia do sistema nervoso e participar de debates acerca de protocolos e atualidades no atendimento ao AVC? Neste dia 20 de fevereiro de 2019, ocorreu mais uma edição da palestra de Neurofisioanatomia, ministrada pela enfermeira Milena Zuchetto.

Aliás, você sabia que nós nascemos com 100 bilhões de neurônios? E que quando adultos, temos apenas 85 milhões? Você sabia também que a lenda do neurônio não se regenerar é um mito? Ou que o nosso cérebro consome 50% do oxigênio que respiramos e é formado por 75% de água?

Milena Amorim Zuchetto é Enfermeira graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSC e Especialista em Neurologia Clínica e Intensiva pelo Programa de Pós-graduação do Hospital Israelita Albert Einstein.

Por: Ramon Carlos Pedroso de Morais, acadêmico do 8° período de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); membro do Grupo (Re) Habilitar; diretor administrativo e financeiro da LAENP (Liga Acadêmica de Enfermagem Neonatal e Pediátrica); voluntário na ACAM (Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico – Fibrose Cística).

Curso de Verão: Ética, Bioética e Trabalho na Área da Saúde e Enfermagem

19/02/2019 15:53

Entre os dias 12 e 18 de fevereiro de 2019, foi ministrado pela Professora Luciana Neves da Silva Bampi o curso de verão de Ética, Bioética e Trabalho na Área da Saúde e Enfermagem. Com duração de 40 horas, o curso teórico-prático apresentou teorias éticas e bioéticas capazes de fornecer ferramentas para o enfrentamento dos conflitos morais vivenciados na prática cotidiana no campo da saúde; sensibilizou os participantes para as delicadas questões éticas subjacentes ao processo de atenção à saúde e ampliou o cenário de análise de situações conflituosas e que são alvo de deliberação moral e técnica no campo da saúde e da enfermagem.

A Professora Luciana Neves da Silva Bampi possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Rio Grande, mestrado e doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Realizou estágio Pós-doutoral na Universidade Complutense de Madrid. É professora adjunta do Departamento de Enfermagem e orientador do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade de Brasília. Está em exercício provisório no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. É pesquisadora com experiência na área de enfermagem, com ênfase bioética, bioética clínica, ética em pesquisa, qualidade de vida, deficiência e reabilitação.

Por: Ramon Carlos Pedroso de Morais, acadêmico do 8° período de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); membro do Grupo (Re) Habilitar; diretor administrativo e financeiro da LAENP (Liga Acadêmica de Enfermagem Neonatal e Pediátrica); voluntário na ACAM (Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico – Fibrose Cística).

Grupo (Re) Habilitar é recebido pelo CER II Blumenau (FURB)

18/02/2019 22:47

 


Em 18/02/2019 o Grupo (Re) Habilitar foi recebido pelo CER II (Centro Especializado em Reabilitação II), localizado na Universidade Regional de Blumenau (FURB). O objetivo foi a apresentação dos docentes e discentes envolvidos e seus respectivos portfólios de pesquisa e extensão.

A Professora Soraia Dornelles Schoeller relatou suas experiências obtidas no Pós-Doutorado, realizado em Portugal, sobre o panorama internacional da Enfermagem de Reabilitação.

Na sequência, a Mestranda Milena Amorim Zuchetto, Especialista em Neurologia Clínica e Intensiva, conceituou o tema Esperança e apresentou seus resultados obtidos no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Os presentes puderam compreender a importância do profissional como agenciador de esperança no processo de saúde-doença.

O CER II disponibiliza o atendimento multiprofissional para mais de 400 pessoas com deficiência física e/ou intelectual por mês das regiões de Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó. Para saber como chegar no CER II, clique aqui.

Para acessar a página do CER II no Facebook, clique aqui.

Por: Ramon Carlos Pedroso de Morais, acadêmico do 8° período de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); membro do Grupo (Re) Habilitar; diretor administrativo e financeiro da LAENP (Liga Acadêmica de Enfermagem Neonatal e Pediátrica); voluntário na ACAM (Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico – Fibrose Cística).