I Curso de Saúde e Enfermagem de Reabilitação

09/12/2018 13:40
Durante o segundo semestre de 2018 o grupo (Re)Habilitar organizou o I Curso de Saúde e Enfermagem de Reabilitação, reunindo alunos da graduação em enfermagem e enfermeiros do SUS para pensar sobre a reabilitação e o cuidado de enfermagem especializado no panorama mundial, nacional e regional. No curso foram abordadas as questões políticas, organizacionais, teóricas, filosóficas, sociológicas e práticas da enfermagem de reabilitação, cruzando a realidade internacional para contrapor às diferenças sociais, políticas e arquitetônicas do Brasil. O grupo ampliou as compreensões acerca do conceito de enfermagem de reabilitação, cuidado, saúde, deficiência, diversidade e sociedade. Segue abaixo um panorama exemplificado a partir das falas dos participantes sobre a evolução conceitual destes temas.
  • Qual o papel de enfermagem de reabilitação?    
ANTES: “Potencializar o processo de adaptação de habilidades da vida diária que foram reduzidas ou perdidas por conta de um acidente ou agravo de saúde, unicamente aplicada a uma pessoa que possui alguma limitação com possibilidades de readequação.”
DEPOIS: “Cuidado de Enfermagem de Reabilitação é muito mais que o ato de cuidar, é prover subsídios, encorajamento e, através de técnicas fundamentadas, auxiliar no processo de desenvolvimento dentro de uma nova perspectiva de vida. Fazendo com que esta nova realidade seja repleta de oportunidades que superam as limitações. O cuidado gera aprimoramento, conquista e treino com intuito de incluí-lo novamente a sociedade.”
  • Qual a diferença entre deficiência e diversidade?
ANTES: “Deficiência é físico ou intelectual, enquanto que a diversidade é o que nos faz diferentes.”
DEPOIS: “Deficiência é a redução ou de uma habilidade por fatores limitantes, seja ela física ou mental,  diferenciando o sujeito no padrão biológico normativo do ser humano quanto as suas funções, seja momentaneamente ou definitivamente. A deficiência é multifatorial e influenciada por fatores externos e internos, por isso, muito complexa e subjetiva. A diversidade são as diferenças ou variações pessoais dentro do viver. A diversidade é o motor da singularidade humana, por isso é importante saber que cada pessoa carrega deficiências e potencialidades que a faz diversa e única na sociedade.”
Por: Ramon Carlos Pedroso de Morais, acadêmico do 7° período de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); membro do Grupo (Re) Habilitar; diretor administrativo e financeiro da LAENP (Liga Acadêmica de Enfermagem Neonatal e Pediátrica); voluntário na ACAM (Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico – Fibrose Cística).